fevereiro 13, 2010

Greve de enfermeiros do INEM convocada para dia 25 de Fevereiro
O Sindicato dos Enfermeiros apresentou hoje, quinta-feira, um pré-aviso de greve

a realizar-se no próximo dia 25 de Fevereiro e que irá abranger todos os enfermeiros que exercem funções no INEM.
Os enfermeiros dizem querer assumir a liderança e operacionalidade do sistema pré-hospitalar, que na sua opinião tem sido "ocupado" por bombeiros e tripulantes de ambulâncias de emergência.
"Os bombeiros são muito úteis mas tudo tem o seu lugar. Há que aproveitar as aptidões dos enfermeiros" sendo que "há muitos subempregados e desempregados", justificou em conferência de imprensa, no Porto, José Azevedo, presidente do Sindicado dos Enfermeiros Portugueses (SEP), para quem os bombeiros "estão a ocupar o lugar que não devem".
Porque "o povo tem o direito de exigir uma assistência de qualidade", havendo ainda a "necessidade de as pessoas chegarem no melhor estado possível aos hospitais", os enfermeiros comprometem-se a "gerir e fazer a assistência pré-hospitalar com economia de recursos" e "dando mais conta do recado", acrescentou o dirigente.
José Azevedo fez questão de frisar que a greve "não é uma questão de capricho mas de agilizar um sistema que precisa de funcionar bem e sem grandes custos".
O sindicato adiantou ter, em vias de acabamento, um projecto que "garante eficazmente a agilização, desde o atendimento dos sinistrados, à gestão de recursos".
A greve convocada para 25 de Fevereiro pretende ainda alertar para o facto de o INEM pretender "retirar os enfermeiros do CODU e substituí-los por Técnicos de Emergência Médica".
Acresce a indefinição em que se encontram muitos dos actuais enfermeiros do INEM que se encontram em regime de subcontratação, além de ainda não ter sido aberto qualquer concurso para admissão de enfermeiros naquele instituto.
Foi aberto um concurso em Março de 2009, com a finalidade de estabilizar 80 enfermeiros no Mapa de Pessoal do INEM, mas o mesmo acabou por ser anulado em Dezembro do mesmo ano.
"Já nos falaram num concurso para 80 vagas, para 30 e 50 e essa divergência de vagas e concursos é um paliativo porque nunca aparecem e não vemos isso publicado em parte nenhuma", destacou o presidente do SEP.
De acordo com o dirigente "os enfermeiros têm sido enganados sucessivamente e dá a ideia que são um projeto adiado".
José Azevedo espera uma adesão "de 100 por cento" na greve com a qual os enfermeiros pretendem sensibilizar "o secretário de Estado da Saúde Manuel Pizarro e o coronel Abílio Gomes, presidente do INEM".

Fonte: JN

Sem comentários: